Por isso, as escritoras Cesarina Corrêa Lobato e Crisálida Pantoja Soares precisaram ir a fundo na pesquisa e na busca por lembranças pessoais para que pudessem transmitir ao leitor a riqueza histórica do seu município de origem.
Durante a vida presenciamos e participamos de fatos históricos que virão a ser contados para as gerações futuras. Acontece que se os registros não forem realizados, muitos dos detalhes se perdem e, consequentemente, a história.
Pensando em deixar um material histórico fiel e rico sobre Igarapé-Miri aos interessados na história e cultura local, as autoras Cesarina Corrêa Lobato e Crisálida Pantoja Soares desdobraram-se para reunir relatos e lembranças sobre sua amada cidade natal.
Conheça algumas das curiosidades da produção da obra literária Luar:
A produção da obra literária foi resultado de um trabalho ao longo de 15 anos de pesquisas, coletando depoimentos e vasculhando as próprias memórias das autoras.
Entre entrevistas com os moradores mais antigos do município e lembranças próprias que trazem fragmentos do município, a sensação é quase como se o leitor estivesse lá, participando de tudo.
Por não estarem muito habituadas ao uso do computador e das novas tecnologias, as escritoras Cesarina Corrêa Lobato e Crisálida Pantoja Soares receberam a ajuda de filhos, netos e amigos para reunir digitalmente os resultados de suas pesquisas, digitando o material do que viria a ser o livro Luar.
Isso mostra o quanto o apoio de seus entes queridos foi essencial para realizar o sonho das autoras e enriquecer a cultura paraense.
Após a aprovação do projeto da obra literária Luar pela Lei de Incentivo à Cultura Estadual do Pará – Lei Semear, foi necessário encontrar patrocínios de uma empresa privada para custear o lançamento do livro.
E o retorno positivo veio do Grupo Líder, uma grande rede de supermercados paraense, cujos donos também são naturais de Igarapé-Miri e consideraram o projeto necessário para a valorização da história e cultura do Pará.
Que tal mergulhar na leitura de Luar? É uma obra deliciosa, e você vai ter a oportunidade de conhecer a história do Pará e valorizar os autores paraenses.
]]>Prossiga a leitura para conhecer um pouco mais sobre a vida das escritoras.
As autoras são amigas e dividem o mesmo carinho por Igarapé-Miri, onde nasceram e cresceram. Outro ponto em comum é que ambas tiveram a graduação e atuação profissional dedicadas à educação, sempre buscando contribuir com esse setor no município de Igarapé-Miri.
Cesarina Corrêa Lobato formou-se em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará, com especialização em Planejamento Educacional, e teve papel decisivo na implantação do Ginásio Aristóteles Emiliano de Castro e do Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME no município, da qual foi a primeira Diretora nomeada.
Além disso, atuou como professora no Grupo Escolar Professor Manoel Antônio de Castro e no Instituto Sant’Ana, em Igarapé-Miri, e na Escola São Pio X, em Belém.
Crisálida Pantoja Soares graduou-se em Letras pela Universidade Federal do Pará, e assim como Cesarina, foi determinante para a instalação do Ginásio Aristóteles Emiliano de Castro e do Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME em Igarapé-Miri, onde também ocupou o primeiro cargo de Secretária.
Outro quesito importante na carreira de Crisálida foi ter trabalhado como professora do Colégio Instituto Sant’Ana, da escola Enedina Sampaio Melo e do Projeto Logos II, vinculado à Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Pará, do qual foi orientadora, todos em Igarapé-Miri.
A estreia das escritoras na literatura foi em uma parceria conjunta, quando escreveram o livro Prismas Sobre Educação e Cultura em Igarapé-Miri no Século XX, de 2001, em que falam sobre as pesquisas e as vivências adquiridas como educadoras no município.
Em 2014, Cesarina, em parceria com sua cunhada e amiga Suely Lobato, lançou o livro Tricentenário da Festa de Sant’Ana em Igarapé-Miri. Já em 2016, escreveu Vidas de Encantos e Desencantos, onde conta a história de seus antepassados em uma detalhada pesquisa genealógica das famílias que a antecederam.
Cesarina Corrêa Lobato e Crisálida Pantoja Soares retomam a parceria literária em Luar, livro lançado em 2022, com o objetivo de dividir mais histórias e lembranças do querido município de Igarapé-Miri em uma verdadeira declaração de amor à essa terra.
Valorizemos a história de nosso território e os autores paraenses!
]]>Para descobrir mais sobre a história e a cultura de Igarapé-Miri, continue a leitura!
Nas terras que vão da margem do Rio Sant’Ana de Igarapé-Miri até a margem do Rio Itanimbuca, onde hoje existe o município de Igarapé-Miri, durante o reinado de D. João VI era onde funcionava uma fábrica e um depósito de extração de madeira.
Foi quando em 1º de outubro de 1710, João de Melo Gusmão recebeu a concessão de duas léguas dessas terras, incluindo onde funcionava a fábrica. Posteriormente, em 1714, elas foram vendidas a Jorge Monteiro, agricultor e comerciante português, que se casou com a portuguesa Dona Ana Gonçalves de Oliveira, afilhada de batismo de Sant’Ana.
E foi após creditar à Sant’Ana o milagre de ter um comércio cada vez mais próspero, que Jorge Monteiro mandou construir uma capela para a Santa como agradecimento, além de organizar uma festividade anual no mês de julho em sua homenagem.
Mais adiante, com o objetivo de educar seus filhos na Europa, Jorge Monteiro vendeu suas propriedades ao agricultor João Paulo de Sarges Barros, que também prosperou muito no local. O novo proprietário continuou a realizar a festividade de Nossa Senhora de Sant’Ana e mandou reconstruir a capela em louvor à Santa, transformando-a em igreja, que virou a Paróquia de Igarapé-Miri, posteriormente.
Ainda sob o regime político imperial, por meio de decreto foi instituído o município de Igarapé-Miri, em 1843.
Estas são as duas principais festividades que acontecem no município, confira:
A devoção à Sant’Ana no local começou ainda em 1704, quando Ana Gonçalves de Oliveira, aos 8 anos, chegou com sua família, tendo como madrinha Sant’Ana, de quem tinha uma imagem de 87 centímetros.
Como você viu logo acima, foi após o casamento de Dona Ana que se iniciou a capela e os festejos em homenagem à Santa. Atualmente, a Festividade de Sant’Ana continua sendo celebrada e já é a maior e mais tradicional festa católica da região do Baixo-Tocantins, atraindo muitos turistas no período de sua realização.
O Festival do Açaí é organizado pela Prefeitura e outros patrocinadores, e acontece em Igarapé-Miri no início de dezembro. Reunindo milhares de pessoas entre produtores, moradores e turistas, é possível degustar vários produtos feitos com açaí, como o suco, bombons e pudins, além de conhecer a produção local de biojoias com os caroços de açaí.
Na programação cultural ocorre a tradicional disputa entre as Cobras Grandes do Jatuíra e da Ponta Negra, formados por grupos folclóricos que representam as lendas locais por meio do teatro e da dança.
Mais do que ler sobre Igarapé-Miri, convidamos todos a conhecer pessoalmente os encantos que o município oferece.
]]>